segunda-feira, 5 de maio de 2014

Noção de Pessoa



INTRODUÇÃO

Este tema problema veicula a informação essencial para classificar o conceito de “pessoa”. Assim, para alem de ilustrar a relação entre pessoa, a personalidade e mascara, também aprofunda os seus conceitos, explicando os seus vários significados que podem abranger.

Os aspectos biológicos e sociais, bem como a influência do meio e da cultura, são explicados com o intuito de demostrar de que forma é que estes modificam e influenciam o dia-a-dia do ser humano.

Atenta-se ainda, ao longo da unidade, na experiencia e na diversidade cultural como alicerces da construção do individuo como pessoa. Desta forma, constata-se que este cresce dependente das relações com o mundo, consigo próprio e com os outros. Da mesma forma, fundamenta-se que os valores, as normas sociais a cumprir e o grupo social monde o “eu” se insere despoletam atitudes, preconceitos e crenças que modificam a sua personalidade ao longo da vida.

A formação e construção da personalidade de um determinado individuo são também denominadas pelos padrões de cultura do país, pela Educação e por uma série de agentes cultivados ao longo da unidade temática.


NOÇÃO DE PESSOA
O vocábulo “Pessoa” deriva do grego próspon (aspecto), do Etrusco phersiu (aí) e do latim persona. Os latinos denominavam por persona as máscaras usadas pelos actores no teatro, mas também chamaram, assim os próprios personagens teatrais.

A palavra latina persona conservou-se no Português pessoa, no Galego persoa, no Italiano e no Espanhol persona,  no Inglês person e, finalmente, no Francês personne. Consequentemente, pessoa é todo o ente dotado de personalidade para o direito, isto é, apto para ser titular de direito subjectivos.

A pessoa é o ser mais importante do Universo, protagonista da cultura e da história, mas também o único sujeito com direito e deveres. Constata-se que só a pessoa humana tem direito ao nome próprio; é um ser consciente que se realiza nas relações (afectiva, espiritual, politica, cultural e económica), marcando a diferença no conceito de diversidade.

Segundo Boécio, esta acepção pode ser definida como “substancia individual de natureza racional”, polo que o individuo concreto é visto como um ser único e individual. O ser humano é uma pessoa integral: corpo com dimensão material e espiritual que ocupa tempo e espaço limitado.

Características essenciais e distintas da pessoa:

Singularidade – cada pessoa tem uma realidade ou um mundo interior que a torna única.   

Abertura – cada pessoa é um ser aberto, em contante dialogo e interação com seus iguais, isto é, pessoas como ela, com o mundo, com a natureza e com todos os outros seres; é transcendente, ou seja, apreende tudo aquilo que esta além dos outros e da natureza, como o sobrenatural.

Projecto – a pessoa não nasce feita e acabada. O ser humano é um “feixe de possibilidades”; cada um de nós tem de escolher esta ou aquela possibilidade e rejeitar outra, temos de nos construir pela vida fora.

Autonomia/liberdade – cada pessoa é centro de decisão e de acção. “Não são os outros a decidirem por mim”; “Eu tenho de me governar a mim proprio”; “Eu sou a lei de mim mesmo com racionalidade liberdade”. Liberdade = Responsabilidade.

Dignidade/valor – a pessoa é a mais elevada forma de existência que conhecemos e com o mais alto valor e dignidade (valor absoluto e indiscutível) que há no mundo. Ela ocupa, por isso, o lugar cimeiro no conjunto de todos os outros seres do universo. Tudo, no mundo, esta abaixo e ao serviço da pessoa que ser humano é.

A ESTRUTURAÇÃO DA PERSONALIDADE
Personalidade entende-se como conjunto de características que diferenciam os indivíduos; estes atributos são permanentes e dizem respeito à constituição, temperamento, caracter, aptidão e maneira especifica de se comportar perante os restantes indivíduos.

Segundo algumas teorias, personalidade significa “organização dos pactos cognitivos, afectivos, fisiológicos do individuo”. Constata-se também que dentro deste conceito se pode englobar a definição de personalidade básica, vista como as atitudes, as tendências, os valores e os sentimentos dos membros de uma determinada sociedade. Neste âmbito, este termo pressupõe a possibilidade de um individuo se diferenciar, ser original e albergar particularidades especiais.

Segundo o Médico/Psicologo Freud, a estrutura da personalidade é um dos ramos fundamentais que propôs na sua teoria psicanalítica. Assim sendo, e com base no seu pressupostos, tentou ordenar a vida psíquica humana em três componentes básicas: ID, ego e seperego onde:

ID é a instância inteiramente inconsciente;
Ego é a instância consciente;     
Superego possui aspectos conscientes e inconscientes.

O ID é a parte mais privada da personalidade, o sistema original inerente ao individuo, ou seja, aquele com que ele nasce; ele é formado por instintos e impulsos orgânicos, é regido pelo prazer e herda dos pais algumas características. Este componente é fundamental e central na estrutura da personalidade pois é a partir dele que as outras estruturas se desenvolvem.

O ego desenvolve-se apos o nascimento do individuo, quando a interacção com o seu ambiente se inicia; busca o prazer em contacto com a realidade e tem como tarefa garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. A sua função é reduzir a tensão, aumentar o prazer e regular os impulsos do ID, de modo a que o individuo possa procurar soluções menos imediatos e mais realistas.

Superego representa o aspecto moral dos seres humanos; desenvolve-se através da transmissão de normas/valores, pelos pais ou outros adultos, às crianças da sociedade. É ultima parte da personalidade que se desenvolve e fá-lo através do ego. Entre outras funções, actua como juiz, especificando e julgando as atitudes correctas/incorretas tidas pelo ego. Considera-se como um deposito dos códigos morais e dos modelos de conduta que constituem as inibições da personalidade.

Segundo Freud, o superego tem como funções essenciais a consciência, auto-observação e formação de ideias; é o veiculo da tradição e dos julgamentos de valores transmitidos de geração em geração.

Kant, referindo-se a personalidade, aprimorou as características dos quatro tipos de temperamento citados por Galero: o tipo sanguíneo caracterizado pela força, rapidez e emoções superficiais; o tipo melancólico, designado pelas emoções intensas e vagarosidade das acções; o tipo colérico, rapidez e impetuosidade no agir; e o fleumático, caracterizado pela ausência de reacções emocionais e vagarosidade no agir.

Ainda que façamos intimamente, involuntariamente ou até inconscientemente, nenhum de nós deixa de classificar as pessoas que conhece, pois cada individuo apresenta uma personalidade diferente perante a sociedade.

INFLUÊNCIAS BIOLÓGICAS/HEREDITÁRIAS
A sociedade desafia constantemente a evolução biológica e hereditária do ser humano, partindo da compressão da vida e da variedade de seres vivos existentes na actualidade. Assim, torna-se fundamental saber quantas espécies, existe deste o primórdios, resultam em mudanças, alterando os organismos e gerando novas vidas no mundo. Ainda assim, não podemos afirmar que a modificação que ocorre no organismo apenas se refere a um individuo, sem transmitir propriedades do antigo ao novo.

Nos seculos XVII e XVIII, vários filosos revelaram teorias evolucionistas em relação a este tema; Aristóteles e Platão tentaram explicar a evolução biológica de acordo com as influências filosóficas do seculo XVI.

Hoje em dia, ninguém ocupa um espaço territorial ocasionalmente, pelo que se considera que um individuo herda as características dos seus descendentes e do seu meio ambiental. Muitos sãos os exemplos no nosso meio e estes validam a afirmação de que a influência consiste na caracterização do individuo ou do grupo através de um determinado ambiente.

O Fixismo
A Teoria Fixista determina o ser vivo como um agente fixo e imutável, pelo que a evolução biológica nunca se verificou; segundo estes teórico, os seres vivos actuais sempre existiram na Terra, desde os seus primórdios.

Proposta pelo naturalista francês Georges Cuvier (1762-1832), o fixismo foi aceite sem contestação até ao século XVII, fundamentando-se na idade da criação de todos os seres vivos a partir de um pode divino. No entanto, a partia da segunda metade do seculo XVIII, surgiram a s teorias evolucionistas/transformistas, que se opuseram a este modelo inicial.

Varias hipóteses foram utilizadas para a explicação desta teoria, destacando-se a da geração espontânea e a do criacionismo. A hipótese de geração espontânea foi proposta pelo filosofo grego Aristóteles sob influencia de Platão. Para Aristóteles, os seres vivos seriam formados constantemente, a partir da matéria não viva como o pó. Uma vez formados, estes permanecem imutáveis, originando descendentes semelhantes em todas as gerações.

O Criacionismo
O criacionismo baseia-se, em escritos bíblicos interpretados segundo a ética de que Deus criou todas as espécies através de um único acto, destacando-se assim, a possibilidade de modificações evolutivas. Nos últimos anos, o criacionismos tem renascido. Todavia, movimentos religiosos e criticas ao evolucionismo tem empolgado a opinião pública, despertando não só discussões, mas também estímulos para que este seja ensinado nas escolas de alguns países.


Comparações entre proteínas
As Proteínas são macromoléculas composta por longas cadeias de aminoácidos. Embora existam na natureza apenas vinte aminoácidos diferentes, é fabulosa a variedade de proteínas encontradas nos seres vivos. Tal facto  explica-se pela produção de proteínas em cada organismo que é coordenada pela material genético (DNA) e ordena os aminoácidos, formando as grandes moléculas proteicas. Face as informações apresentadas torna-se logico que quanto maior for a proximidade evolutiva entres dois seres, maior é a semelhança enter as suas proteínas. Constata-se que desta forma que a molécula de hemoglobina (pigmento sanguíneo) é formada, ou seja, cria-se pelos mesmos aminoácidos no homem e no chipanzé, mas já a do gorila tem um aminoácido diferente dos homens e a do cão tem quinze.

O conceito de adaptação
Nenhum ser habita num determinado lugar por acaso. Para sobreviver, este ser deve possuir características que permitam a sua adaptação ao meio em que vive; estes são herdados dos seus ancestrais e serão transmitidas aos seus descendentes por eles.

A adaptação consiste na aquisição de características que tornam um individuo mais equipado para sobreviver e reproduzir-se num determinado ambiente. São incontáveis os exemplos de adaptações existentes na actualidade, pelo que cada aluno poderá identifica-lo através de simples observações.

INFLUÊNCIA DO MEIO E DA CULTURA
Quando utilizamos a expressão Cultura Politica referimo-nos ao conjunto de atitudes, normais, crenças e valores políticos partilhados pela grande maioria dos membros de uma determinada sociedade ou nação. Para elem disso, o tipo de sistema ou regime politico em vigor num determinado país, incluindo as instituições politicas existentes, temem integra este conceito de cultura.

Como se pode verificar, a cultura politica de uma determinada nação representa um vasto e complexo campo na pesquisa social. Vasto porque apresenta uma multiplicidade de fatores que integram a cultura politica, entre eles:

O comportamento de apatia (alienação dos cidadãos);
Os graus de confiança e de tolerância;
A adesão ou recusa a determinadas formas de acção politica e instituições, em detrimento de outras;
As identidades partidárias;
Os modos como os conflitos que surgem no sistema são parecidos e solucionados.

Este factores que envolvem práticas comportamentais direccionadas ás esferas de acção politica podem ser agregados ao conceito de cultura politica. Esta é também um campo de pesquisa complexo devido ao factor de os padrões de crenças e valores não serem fenómenos estáticos, ou seja, se estes se alterarem, a cultura política também sofre modificações num determinado período de tempo. Além disso, uma configuração menos influentes, as tais subculturas politicas, que são condicionadas por diferenças das classes sociais, religião, etnia e entre gerações.

Existem ainda algumas teorias que mencionam a existência de uma cultura política das massas e uma cultura politica de elites.

No âmbito da ciência politica, os primeiros estudos académicos sobre a noção de cultura politica, realizados no início do século XX, sofreram influências intelectuais provenientes das pesquisas antropológicas, sobretudo da antropologia culturista.

Inerente ao paradigma superficial da antropologia culturista, a maioria destes estudos foi marcado pelo determinismo, o que se traduziu numa visão distorcida da realidade sob a alegação de que cada nação apresenta uma configuração especifica de valores, crenças e práticas politicas homogéneas e imutáveis que derivam de características naturais e inatas de cada povo (sobretudo raça e etnia).

Aliado á ausência de uma base de fundamentação sólida e empírica, os estudos deterministas produziram resultados equivocados, que se traduziram em visões preconceituosas acerca das sociedades estudadas, provocando até certas limitações. Constate-se este mesmo facto nas abordagens de raízes que indicavam a democracia, o autoritarismo, o militarismo e a ditadura como sistemas políticos derivados de determinadas culturas politicas. Consequentemente, supunha-se que as matrizes culturais dos povos bloquearam qualquer tentativa de mudança de sistema politico, factor que não era verdadeiro.

14 comentários:

  1. quero respostas de todo trabalho feito

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  2. Gostei de ler e me ajudou a ter noção das coisas

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  3. Gostei muito e me ajudou com trabalhos escolares....

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  4. gostei muito do conteudo continuem assim

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  5. Gostei, me ajudou bastante

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  6. Obrigado pela ajuda ☺️

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  7. Foi bom aprendendo com sigo está aula me ajudou muito

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  8. Muito obrigado 😊
    Isso ajudou bastante

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  9. Neste caso qual é a diferença entre imagem e caráter

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