INTRODUÇÃO
Este
tema problema veicula a informação essencial para classificar o conceito de
“pessoa”. Assim, para alem de ilustrar a relação entre pessoa, a personalidade
e mascara, também aprofunda os seus conceitos, explicando os seus vários
significados que podem abranger.
Os
aspectos biológicos e sociais, bem como a influência do meio e da cultura, são
explicados com o intuito de demostrar de que forma é que estes modificam e
influenciam o dia-a-dia do ser humano.
Atenta-se
ainda, ao longo da unidade, na experiencia e na diversidade cultural como
alicerces da construção do individuo como pessoa. Desta forma, constata-se que
este cresce dependente das relações com o mundo, consigo próprio e com os
outros. Da mesma forma, fundamenta-se que os valores, as normas sociais a
cumprir e o grupo social monde o “eu” se insere despoletam atitudes,
preconceitos e crenças que modificam a sua personalidade ao longo da vida.
A
formação e construção da personalidade de um determinado individuo são também
denominadas pelos padrões de cultura do país, pela Educação e por uma série de
agentes cultivados ao longo da unidade temática.
NOÇÃO DE PESSOA
O
vocábulo “Pessoa” deriva do grego próspon (aspecto), do Etrusco phersiu (aí) e
do latim persona. Os latinos denominavam por persona as máscaras usadas pelos
actores no teatro, mas também chamaram, assim os próprios personagens teatrais.
A
palavra latina persona conservou-se no Português pessoa, no Galego persoa, no
Italiano e no Espanhol persona, no Inglês
person e, finalmente, no Francês personne. Consequentemente, pessoa é todo o
ente dotado de personalidade para o direito, isto é, apto para ser titular de
direito subjectivos.
A
pessoa é o ser mais importante do Universo, protagonista da cultura e da
história, mas também o único sujeito com direito e deveres. Constata-se que só
a pessoa humana tem direito ao nome próprio; é um ser consciente que se realiza
nas relações (afectiva, espiritual, politica, cultural e económica), marcando a
diferença no conceito de diversidade.
Segundo
Boécio, esta acepção pode ser definida como “substancia individual de natureza
racional”, polo que o individuo concreto é visto como um ser único e
individual. O ser humano é uma pessoa integral: corpo com dimensão material e
espiritual que ocupa tempo e espaço limitado.
Características
essenciais e distintas da pessoa:
Singularidade
– cada pessoa tem uma realidade ou um mundo interior que a torna única.
Abertura
– cada pessoa é um ser aberto, em contante dialogo e interação com seus iguais,
isto é, pessoas como ela, com o mundo, com a natureza e com todos os outros
seres; é transcendente, ou seja, apreende tudo aquilo que esta além dos outros
e da natureza, como o sobrenatural.
Projecto
– a pessoa não nasce feita e acabada. O ser humano é um “feixe de
possibilidades”; cada um de nós tem de escolher esta ou aquela possibilidade e
rejeitar outra, temos de nos construir pela vida fora.
Autonomia/liberdade
– cada pessoa é centro de decisão e de acção. “Não são os outros a decidirem
por mim”; “Eu tenho de me governar a mim proprio”; “Eu sou a lei de mim mesmo
com racionalidade liberdade”. Liberdade = Responsabilidade.
Dignidade/valor
– a pessoa é a mais elevada forma de existência que conhecemos e com o mais
alto valor e dignidade (valor absoluto e indiscutível) que há no mundo. Ela
ocupa, por isso, o lugar cimeiro no conjunto de todos os outros seres do
universo. Tudo, no mundo, esta abaixo e ao serviço da pessoa que ser humano é.
A ESTRUTURAÇÃO DA PERSONALIDADE
Personalidade
entende-se como conjunto de características que diferenciam os indivíduos;
estes atributos são permanentes e dizem respeito à constituição, temperamento,
caracter, aptidão e maneira especifica de se comportar perante os restantes indivíduos.
Segundo
algumas teorias, personalidade significa “organização dos pactos cognitivos,
afectivos, fisiológicos do individuo”. Constata-se também que dentro deste
conceito se pode englobar a definição de personalidade básica, vista como as
atitudes, as tendências, os valores e os sentimentos dos membros de uma
determinada sociedade. Neste âmbito, este termo pressupõe a possibilidade de um
individuo se diferenciar, ser original e albergar particularidades especiais.
Segundo
o Médico/Psicologo Freud, a estrutura da personalidade é um dos ramos
fundamentais que propôs na sua teoria psicanalítica. Assim sendo, e com base no
seu pressupostos, tentou ordenar a vida psíquica humana em três componentes
básicas: ID, ego e seperego onde:
ID é
a instância inteiramente inconsciente;
Ego
é a instância consciente;
Superego
possui aspectos conscientes e inconscientes.
O ID
é a parte mais privada da personalidade, o sistema original inerente ao
individuo, ou seja, aquele com que ele nasce; ele é formado por instintos e
impulsos orgânicos, é regido pelo prazer e herda dos pais algumas
características. Este componente é fundamental e central na estrutura da
personalidade pois é a partir dele que as outras estruturas se desenvolvem.
O
ego desenvolve-se apos o nascimento do individuo, quando a interacção com o seu
ambiente se inicia; busca o prazer em contacto com a realidade e tem como
tarefa garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. A sua função é
reduzir a tensão, aumentar o prazer e regular os impulsos do ID, de modo a que
o individuo possa procurar soluções menos imediatos e mais realistas.
Superego
representa o aspecto moral dos seres humanos; desenvolve-se através da
transmissão de normas/valores, pelos pais ou outros adultos, às crianças da
sociedade. É ultima parte da personalidade que se desenvolve e fá-lo através do
ego. Entre outras funções, actua como juiz, especificando e julgando as
atitudes correctas/incorretas tidas pelo ego. Considera-se como um deposito dos
códigos morais e dos modelos de conduta que constituem as inibições da
personalidade.
Segundo
Freud, o superego tem como funções essenciais a consciência, auto-observação e formação
de ideias; é o veiculo da tradição e dos julgamentos de valores transmitidos de
geração em geração.
Kant,
referindo-se a personalidade, aprimorou as características dos quatro tipos de
temperamento citados por Galero: o tipo sanguíneo caracterizado pela força,
rapidez e emoções superficiais; o tipo melancólico, designado pelas emoções intensas
e vagarosidade das acções; o tipo colérico, rapidez e impetuosidade no agir; e
o fleumático, caracterizado pela ausência de reacções emocionais e vagarosidade
no agir.
Ainda
que façamos intimamente, involuntariamente ou até inconscientemente, nenhum de
nós deixa de classificar as pessoas que conhece, pois cada individuo apresenta
uma personalidade diferente perante a sociedade.
INFLUÊNCIAS BIOLÓGICAS/HEREDITÁRIAS
A
sociedade desafia constantemente a evolução biológica e hereditária do ser
humano, partindo da compressão da vida e da variedade de seres vivos existentes
na actualidade. Assim, torna-se fundamental saber quantas espécies, existe
deste o primórdios, resultam em mudanças, alterando os organismos e gerando
novas vidas no mundo. Ainda assim, não podemos afirmar que a modificação que
ocorre no organismo apenas se refere a um individuo, sem transmitir
propriedades do antigo ao novo.
Nos seculos
XVII e XVIII, vários filosos revelaram teorias evolucionistas em relação a este
tema; Aristóteles e Platão tentaram explicar a evolução biológica de acordo com
as influências filosóficas do seculo XVI.
Hoje
em dia, ninguém ocupa um espaço territorial ocasionalmente, pelo que se
considera que um individuo herda as características dos seus descendentes e do
seu meio ambiental. Muitos sãos os exemplos no nosso meio e estes validam a
afirmação de que a influência consiste na caracterização do individuo ou do
grupo através de um determinado ambiente.
O Fixismo
A
Teoria Fixista determina o ser vivo como um agente fixo e imutável, pelo que a
evolução biológica nunca se verificou; segundo estes teórico, os seres vivos
actuais sempre existiram na Terra, desde os seus primórdios.
Proposta
pelo naturalista francês Georges Cuvier (1762-1832), o fixismo foi aceite sem
contestação até ao século XVII, fundamentando-se na idade da criação de todos
os seres vivos a partir de um pode divino. No entanto, a partia da segunda
metade do seculo XVIII, surgiram a s teorias evolucionistas/transformistas, que
se opuseram a este modelo inicial.
Varias
hipóteses foram utilizadas para a explicação desta teoria, destacando-se a da
geração espontânea e a do criacionismo. A hipótese de geração espontânea foi
proposta pelo filosofo grego Aristóteles sob influencia de Platão. Para
Aristóteles, os seres vivos seriam formados constantemente, a partir da matéria
não viva como o pó. Uma vez formados, estes permanecem imutáveis, originando
descendentes semelhantes em todas as gerações.
O Criacionismo
O
criacionismo baseia-se, em escritos bíblicos interpretados segundo a ética de
que Deus criou todas as espécies através de um único acto, destacando-se assim,
a possibilidade de modificações evolutivas. Nos últimos anos, o criacionismos
tem renascido. Todavia, movimentos religiosos e criticas ao evolucionismo tem
empolgado a opinião pública, despertando não só discussões, mas também
estímulos para que este seja ensinado nas escolas de alguns países.
Comparações entre proteínas
As Proteínas
são macromoléculas composta por longas cadeias de aminoácidos. Embora existam
na natureza apenas vinte aminoácidos diferentes, é fabulosa a variedade de
proteínas encontradas nos seres vivos. Tal facto explica-se pela produção de proteínas em cada
organismo que é coordenada pela material genético (DNA) e ordena os
aminoácidos, formando as grandes moléculas proteicas. Face as informações
apresentadas torna-se logico que quanto maior for a proximidade evolutiva
entres dois seres, maior é a semelhança enter as suas proteínas. Constata-se
que desta forma que a molécula de hemoglobina (pigmento sanguíneo) é formada, ou
seja, cria-se pelos mesmos aminoácidos no homem e no chipanzé, mas já a do
gorila tem um aminoácido diferente dos homens e a do cão tem quinze.
O conceito de adaptação
Nenhum
ser habita num determinado lugar por acaso. Para sobreviver, este ser deve
possuir características que permitam a sua adaptação ao meio em que vive; estes
são herdados dos seus ancestrais e serão transmitidas aos seus descendentes por
eles.
A
adaptação consiste na aquisição de características que tornam um individuo mais
equipado para sobreviver e reproduzir-se num determinado ambiente. São
incontáveis os exemplos de adaptações existentes na actualidade, pelo que cada
aluno poderá identifica-lo através de simples observações.
INFLUÊNCIA DO MEIO E DA CULTURA
Quando
utilizamos a expressão Cultura Politica referimo-nos ao conjunto de atitudes,
normais, crenças e valores políticos partilhados pela grande maioria dos membros
de uma determinada sociedade ou nação. Para elem disso, o tipo de sistema ou
regime politico em vigor num determinado país, incluindo as instituições
politicas existentes, temem integra este conceito de cultura.
Como
se pode verificar, a cultura politica de uma determinada nação representa um
vasto e complexo campo na pesquisa social. Vasto porque apresenta uma
multiplicidade de fatores que integram a cultura politica, entre eles:
O
comportamento de apatia (alienação dos cidadãos);
Os
graus de confiança e de tolerância;
A
adesão ou recusa a determinadas formas de acção politica e instituições, em
detrimento de outras;
As
identidades partidárias;
Os
modos como os conflitos que surgem no sistema são parecidos e solucionados.
Este
factores que envolvem práticas comportamentais direccionadas ás esferas de
acção politica podem ser agregados ao conceito de cultura politica. Esta é
também um campo de pesquisa complexo devido ao factor de os padrões de crenças
e valores não serem fenómenos estáticos, ou seja, se estes se alterarem, a
cultura política também sofre modificações num determinado período de tempo.
Além disso, uma configuração menos influentes, as tais subculturas politicas,
que são condicionadas por diferenças das classes sociais, religião, etnia e
entre gerações.
Existem
ainda algumas teorias que mencionam a existência de uma cultura política das
massas e uma cultura politica de elites.
No
âmbito da ciência politica, os primeiros estudos académicos sobre a noção de
cultura politica, realizados no início do século XX, sofreram influências
intelectuais provenientes das pesquisas antropológicas, sobretudo da
antropologia culturista.
Inerente
ao paradigma superficial da antropologia culturista, a maioria destes estudos
foi marcado pelo determinismo, o que se traduziu numa visão distorcida da
realidade sob a alegação de que cada nação apresenta uma configuração
especifica de valores, crenças e práticas politicas homogéneas e imutáveis que
derivam de características naturais e inatas de cada povo (sobretudo raça e
etnia).
Aliado
á ausência de uma base de fundamentação sólida e empírica, os estudos
deterministas produziram resultados equivocados, que se traduziram em visões
preconceituosas acerca das sociedades estudadas, provocando até certas
limitações. Constate-se este mesmo facto nas abordagens de raízes que indicavam
a democracia, o autoritarismo, o militarismo e a ditadura como sistemas
políticos derivados de determinadas culturas politicas. Consequentemente,
supunha-se que as matrizes culturais dos povos bloquearam qualquer tentativa de
mudança de sistema politico, factor que não era verdadeiro.
quero respostas de todo trabalho feito
ResponderEliminaramei
ResponderEliminarGostei
ResponderEliminarGostei de ler e me ajudou a ter noção das coisas
ResponderEliminarGostei muito e me ajudou com trabalhos escolares....
ResponderEliminargostei muito do conteudo continuem assim
ResponderEliminarGostei
ResponderEliminarGostei, me ajudou bastante
ResponderEliminarObrigado pela ajuda ☺️
ResponderEliminarFoi bom aprendendo com sigo está aula me ajudou muito
ResponderEliminarMuito obrigado 😊
ResponderEliminarIsso ajudou bastante
Foi de grande ajuda
ResponderEliminarNeste caso qual é a diferença entre imagem e caráter
ResponderEliminarThank you so much.
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