terça-feira, 29 de abril de 2014

O dia da paz em Angola



O dia 4 de Abril, é o dia da Paz e da Reconciliação Nacional. A partir desta altura, o 4 de Abril passou a constituir uma referência histórica importante na luta do povo angolano, pois marcou uma viragem decisiva no processo político e de desenvolvimento de Angola. Constitui, igualmente, uma das maiores conquistas do povo angolano após a independência nacional, a 11 de Novembro de 1975.

De facto, o país está a viver um ambiente de Paz Justa e Definitiva, um momento particularmente importante na nossa história, nunca antes experimentado pelo povo angolano, mesmo num passado longínquo, bem como desde o nascimento de Angola como um Estado independente e soberano.

Justa porque a paz alcançada não foi uma imposição de forças externas, mas o resultado dos esforços dos próprios angolanos, que entenderam que havia a imperiosa necessidade da cessação das hostilidades e de começarem o processo de conclusão das tarefas remanescentes, tendo em vista o estabelecimento da paz e a consequente reconciliação e reconstrução do país. 

Esta paz corresponde aos interesses mais legítimos do povo angolano. 
Definitiva porque a Paz conquistada deve continuar a ser consolidada no nosso dia-a-dia, através de acções e atitudes práticas, devendo todos contribuir para que este processo seja irreversível.

Conquistada a Paz, novos desafios se colocam ao povo angolano, pois torna-se necessário continuar a empenhar esforços para a sua consolidação, através do desenvolvimento de um conjunto de acções, tendentes a combater a fome e a pobreza.

É necessário promover a tolerância e o respeito pela diferença de opiniões e filiação partidária, bem como incentivar o sentimento patriótico no seio das crianças, da juventude e de toda a população e fortalecer as instituições do Estado Democrático de Direito, como premissa indispensável para registar, com firmeza, novos passos rumo ao crescimento harmonioso do país.

Nesta conformidade, a paz definitiva para a República de Angola deve ser encarada como o início de uma era de reconstrução do país, a ser feita por todos os angolanos, de mãos dadas, esquecendo os ódios e dores do passado, as diferenças ideológicas e de religião, de cor e sexo, de filiação partidária ou região, de condição e estatuto social, cabendo ao Estado e em conjunto com a sociedade civil e todas as forças vivas da Nação perspectivar um futuro de responsabilidade da paz.

Durante este curto período de tempo, pode-se perceber nas atitudes, no comportamento, nas acções, nas feições dos rostos e manifestações de todos os angolanos a importância da paz, que duramente conquistada tem gerado numerosos fluxos de solidariedade e de tolerância adequados com as exigências de uma mentalidade e cultura contemporâneas.

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